por Artur Louback Lopes | Edição 42
Como existem muitas espécies de cogumelos - fala-se em 1,5 milhão - e
nenhuma característica física denuncia a presença de veneno ou
substâncias alucinógenas, é muito difícil (e perigoso) diferenciá-los no
"olhômetro". Para piorar as coisas, estima-se que nem 5% das espécies
estejam classificadas na literatura biológica. Isso significa que nem um
micologista (especialista em fungos) muito experiente pode enfiar na
boca um cogumelo achado no meio da floresta. Mesmo que ele se pareça
muito com uma espécie comestível, é bom desconfiar, afinal um mesmo
gênero pode ter espécies que matam, deixam doidão ou, simplesmente,
enchem a barriga (veja o exemplo do gênero Amanita nas fotos abaixo). Em
laboratório, há duas formas de se identificar um cogumelo: análise
morfológica e bioquímica. A primeira nada mais é do que comparar as
características da espécie encontrada com as das já identificadas e
cata-logadas nos livros científicos. Para isso, leva-se em conta o
formato, as medidas e a coloração do cogumelo. Mesmo que ele se pareça
com alguma espécie conhecida, por precaução é analisado por um
bioquímico treinado para identificar a presença de toxinas (como a
alfa-amanitina, encontrada no Amanita phalloides) e substâncias
alucinógenas (como a psicilobina, do Psilocibe cubensis).
Será que ele é? Estes três cogumelos são do gênero Amanita, mas seus efeitos são totalmente diferentes
ALUCINÓGENO
Amanita muscaria: Um pedacinho de 1 grama pode te deixar zureta por várias horas. É um dos alucinógenos mais antigos da humanidade
VENENOSO
Amanita phalloides ou "chapeu-da-morte": 50 gramas são suficiente para matar uma pessoa. O papa Clemente VII morreu depois de comer um
COMESTÍVEL
Amanita caesarea: Não existe no Brasil, mas faz muito sucesso nas cozinhas européias. Pode ser comido cru, em saladas, sem perigo de intoxicação
Amanita muscaria: Um pedacinho de 1 grama pode te deixar zureta por várias horas. É um dos alucinógenos mais antigos da humanidade
VENENOSO
Amanita phalloides ou "chapeu-da-morte": 50 gramas são suficiente para matar uma pessoa. O papa Clemente VII morreu depois de comer um
COMESTÍVEL
Amanita caesarea: Não existe no Brasil, mas faz muito sucesso nas cozinhas européias. Pode ser comido cru, em saladas, sem perigo de intoxicação
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